ESCOLA POLO: JOSÉ
GURGEL RABELLO – FEIJÓ
PROF. FORMADOR: FRANCISCO
VALDEMIR T. DA SILVA
CURSISTAS: SANDRA SANTOS, JOSÉ
ADECARLOS, Aucirley E FERNANDO
UNIDADE: 3 - ATIVIDADE: 3.1
O desafio de apresentar uma proposta
que viabilize a utilização do uso das mídias sociais e do telefone celular na
escola nos fez refletir como atingir um consenso entre as partes que
viabilizasse essas possibilidades.
O primeiro passo foi procurar saber o
que pensa o aluno, visto que a maior polêmica consiste na proibição do celular
em sala de aula.
Para que pudéssemos apresentar uma
proposta coerente e de acordo com as partes, elaboramos um questionário com
perguntas que nos revelasse a opinião dos alunos sobre o uso das mídias sociais
e do telefone celular na escola, propusemos que eles não só expressassem suas
preferências como também apresentassem sugestões de como poderiam
ser utilizados, enfim os motivamos a questionar, manifestarem
seus anseios e apresentarem soluções para o problema. Os questionários foram
aplicados por amostragem de forma aleatória, sempre procurando
manter o quantitativo de três por sala de aula, as responsáveis pela aplicação
foram as professoras componentes do grupo.
Encerrada a aplicação, o grupo se
reuniu e analisou as respostas dos alunos, a partir de então passamos a redigir
a proposta que se encontra a seguir.
O primeiro passo é que cada professor tenha como
objetivo planejar suas ações de acordo com as necessidades e realidades dos
alunos e para tanto deve conhecê-los, procurar saber o que eles sabem e o que
querem. Essa é uma das queixas dos alunos pesquisados, mostram-se contrariados
pela forma como a escola proíbe atitudes relacionadas ao uso de tecnologias que
são hábitos normais no seu cotidiano. O que sugere uma nova postura da escola a
fim de tornar possível, interessante e significativo o trabalho em nossas salas
de aula, incorporando constitutivamente as diversas tecnologias ao currículo.
Aliar aos saberes tecnológicos de nossos alunos experiências sobre modos de
ler, escrever e participar de situações de comunicação, por vezes bem distintas
das vivências no espaço físico da sala de aula. O ”saber fazer” de nossos
alunos pode, inclusive, ajudar a romper de vez a tradicional relação de
saber/poder entre professor e alunos, com vistas à construção de um legítimo
espaço colaborativo, onde todos podem assumir papéis de destaque.
O mundo virtual pode e deve integrar nosso fazer na
escola, se os alunos utilizam celulares nas aulas, com fones para, talvez,
ouvir músicas, vamos incorporar o uso do celular como ferramenta de pesquisa,
investigação e aprendizado! Se eles dominam a tecnologia, que tal uma parceria
para um projeto sobre jornal (que reúne uma variedade de gêneros), por exemplo,
iniciando pela discussão sobre as relações entre diferentes versões impressas e
digitais, de forma a favorecer a produção de um jornal digital dos alunos? Se
gostam e entendem tanto de tecnologia, por que não pensar em um blog, no qual
todos os alunos teriam condição de publicar diferentes textos, em função de
variados assuntos e áreas disciplinares, com espaço para troca de opiniões e
frequente construção de conhecimentos?
Outra questão geradora de controvérsias é o
fenômeno do facebook, não há como a escola ignorá-lo nem tão pouco proibir,
pois a maioria dos estudantes usa como forma de comunicação com os amigos, sem
contar que a maior parte do tempo que eles passam na internet é fazendo uso
dessa ferramenta, o que a escola precisa fazer urgentemente é orientá-los para
a utilizá-lo de forma produtiva e para que isso seja possível é essencial que o
professor tenha domínio das dinâmicas comunicacionais da cibercultura,
principalmente no que se refere a interação e a colaboração entre os
internautas.
Para que as mídias sociais seja um instrumento de
educação e cidadania é preciso definir e discutir entre as partes,
aluno/professor, as formas adequadas para utilizá-las. Cabe ao professor
fundamentar os conceitos necessários para que o aluno possa aprender a lidar com
a imensurável quantidade de informações. Os professores têm que
começar a criar mecanismos de construção conjunta, de maneira que eles possam
criar e interpretar os conteúdos de forma coletiva. As redes sociais online
tornam o processo educativo mais ágil e flexível, mas, acima de tudo, é o
educador que deve estudar e escolher qual plataforma pode ser mais útil e
melhor para ser utilizada de acordo com o conteúdo proposto.
Diante do exposto fica claro que inserir as mídias
no espaço escolar é extremamente desafiador, gerando conflitos e construções
dialéticas extremamente complexas, mudando opiniões, construindo novos saberes,
portanto cabe a escola oferecer condições físicas e materiais de acesso aos
ambientes virtuais e aos educadores assumir um papel ativo, demonstrando
conhecimento e por isso autoridade, e não autoritarismo, para auxiliar o
educando neste processo de maneira que ele possa analisar de forma crítica e
criteriosa, as informações que são lançadas sobre ele.
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